sábado, 28 de outubro de 2017

Formas de utilização de um Mapa Conceitual


Como o mapeamento conceitual é uma técnica bastante flexível, pode ser utilizada em diferentes situações, em todas as disciplinas e com finalidades diversas. Dentre estas aplicações, os mapas conceituais podem servir como instrumento de análise de currículo, técnica didática, recurso de aprendizagem ou até mesmo como um meio de avaliação. Moreira (2011) descreve cada uma das finalidades descritas, que serão comentadas a seguir:
Na utilização como técnica didática, o mapeamento conceitual pode ser feito durante uma aula, uma unidade ou em um curso inteiro. Representam estruturas concisas do que está sendo ensinado/aprendido e, dessa forma facilita a aprendizagem. Porém, é importante observar que a utilização de mapas conceituais pelo professor como auxiliar no processo de aprendizagem só deve ser incluída em sala de aula quando os alunos já estiverem familiarizados com o assunto.
Depois que os estudantes aprenderam a se beneficiar da técnica de mapeamento conceitual e entenderem suas diversas formas de utilização, estarão usando a técnica como um recurso de aprendizagem, seja na revisão de conteúdos anteriores a avaliação ou simplesmente para resumir um determinado assunto, e isso poderá ser feito em qualquer área do conhecimento.
Na avaliação da aprendizagem, o professor pode ter uma visão geral da forma como os conceitos estão organizados pelo aprendiz. É uma avaliação que busca informações sobre os significados e relações significativas entre os conceitos-chave da matéria de ensino sob o ponto de vista do aluno, podendo dessa forma intervir diretamente onde houver uma “lacuna” na aprendizagem.
Do mesmo modo, as autoras Marriott e Torres (2015) reafirmam a importância da utilização de mapas conceituais em sala de aula como forma de: revelar o conhecimento prévio do aluno para desenvolver um determinado tópico; resumir conteúdos e fazer anotações de textos, aulas, seminários, apresentações; revisar e estudar a matéria e avaliar. Já os professores podem utilizar o mapeamento conceitual para: ilustrar o conteúdo desenvolvido em uma aula; também serve para refletir sobre alguns conteúdos de uma determinada disciplina; para representar o conteúdo programático com o objetivo de facilitar a visualização dos assuntos trabalhados e também para expor o currículo escolar, mostrando a sequência do conteúdo e a forma como eles serão desenvolvidos.
Além das aplicações citadas, Novak e Gowin (1984) acrescentam que o mapeamento conceitual é capaz de explorar o que os alunos já sabem, demostrando ideias a respeito de um determinado tema; também pode contribuir traçando um roteiro para a aprendizagem no momento em que o professor sugere alguns conceitos e pede para que os estudantes façam um mapa conceitual individual ou coletivo, haverá certamente a busca e a construção do próprio conhecimento por parte dos alunos. Os mapas também podem auxiliar na leitura de artigos em jornais ou revistas, na elaboração de trabalhos escritos ou exposições orais. Também pode contribuir para uma avaliação formativa, na medida em que é possível entender qual estágio da aprendizagem está o estudante vendo o seu mapa conceitual, a partir daí o professor pode identificar lacunas na aprendizagem e direcionar o estudante para tentar superar as dificuldades.
Complementando a utilização do mapeamento conceitual como instrumento avaliativo, Marriott e Torres (2015) sugerem algumas atividades de preencher espaços usando mapas conceituais, tais como:
1) O professor pode construir o mapa conceitual e retira os conceitos mantendo as palavras de ligação e pede que os alunos preencham os espaços de modo que façam sentido para eles.
2) O professor cria um mapa e retira um terço dos conceitos. Os conceitos removidos são enumerados (A,B,C...) e os espaços em branco também (1,2,3...) para facilitar a resposta e a correção.

 Contudo, se os estudantes forem incentivados a construírem seus mapas, isso trará diversas vantagens para a aprendizagem, pois permite que o aluno desenvolva a capacidade de pesquisar e selecionar os conceitos essenciais sobre um determinado assunto e estabelecer corretamente as relações existentes entre os mesmos fará com que a aprendizagem seja significativa, pois, ele será o autor principal da construção do seu conhecimento.
REFERÊNCIAS:
MOREIRA, Marco Ântônio.Aprendizagem significativa: A teoria e textos complementares. São Paulo: Livraria da Física, 2011.
MARRIOT, Rita de Cássia Veiga; TORRES, Patrícia Lupion. Mapas Conceituais uma ferramenta para a construção de uma cartografia do conhecimento. Coleção Agrinho. Governo do Estado do Paraná. 2015. Disponível em: <http://www.agrinho.com.br/materialdoprofessor/mapas-conceituais-uma-ferramenta-para-construcao-de-uma-cartografia-conhecimento>. Acesso em: 03 jun. 2015.
NOVAK, J.D.; GOWIN, D. B. Aprender a aprender. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 1984.

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