Como o mapeamento conceitual é
uma técnica bastante flexível, pode ser utilizada em diferentes situações, em
todas as disciplinas e com finalidades diversas. Dentre estas aplicações, os
mapas conceituais podem servir como instrumento de análise de currículo,
técnica didática, recurso de aprendizagem ou até mesmo como um meio de
avaliação. Moreira (2011) descreve cada uma das finalidades descritas, que
serão comentadas a seguir:
Na utilização como técnica
didática, o mapeamento conceitual pode ser feito durante uma aula, uma unidade
ou em um curso inteiro. Representam estruturas concisas do que está sendo
ensinado/aprendido e, dessa forma facilita a aprendizagem. Porém, é importante
observar que a utilização de mapas conceituais pelo professor como auxiliar no
processo de aprendizagem só deve ser incluída em sala de aula quando os alunos
já estiverem familiarizados com o assunto.
Depois que os estudantes
aprenderam a se beneficiar da técnica de mapeamento conceitual e entenderem
suas diversas formas de utilização, estarão usando a técnica como um recurso de
aprendizagem, seja na revisão de conteúdos anteriores a avaliação ou
simplesmente para resumir um determinado assunto, e isso poderá ser feito em
qualquer área do conhecimento.
Na avaliação da aprendizagem,
o professor pode ter uma visão geral da forma como os conceitos estão
organizados pelo aprendiz. É uma avaliação que busca informações sobre os
significados e relações significativas entre os conceitos-chave da matéria de
ensino sob o ponto de vista do aluno, podendo dessa forma intervir diretamente
onde houver uma “lacuna” na aprendizagem.
Do mesmo modo, as autoras
Marriott e Torres (2015) reafirmam a importância da utilização de mapas
conceituais em sala de aula como forma de: revelar o conhecimento prévio do
aluno para desenvolver um determinado tópico; resumir conteúdos e fazer
anotações de textos, aulas, seminários, apresentações; revisar e estudar a
matéria e avaliar. Já os professores podem utilizar o mapeamento conceitual
para: ilustrar o conteúdo desenvolvido em uma aula; também serve para refletir
sobre alguns conteúdos de uma determinada disciplina; para representar o
conteúdo programático com o objetivo de facilitar a visualização dos assuntos
trabalhados e também para expor o currículo escolar, mostrando a sequência do
conteúdo e a forma como eles serão desenvolvidos.
Além das aplicações citadas,
Novak e Gowin (1984) acrescentam que o mapeamento conceitual é capaz de
explorar o que os alunos já sabem, demostrando ideias a respeito de um
determinado tema; também pode contribuir traçando um roteiro para a
aprendizagem no momento em que o professor sugere alguns conceitos e pede para
que os estudantes façam um mapa conceitual individual ou coletivo, haverá
certamente a busca e a construção do próprio conhecimento por parte dos alunos.
Os mapas também podem auxiliar na leitura de artigos em jornais ou revistas, na
elaboração de trabalhos escritos ou exposições orais. Também pode contribuir
para uma avaliação formativa, na medida em que é possível entender qual estágio
da aprendizagem está o estudante vendo o seu mapa conceitual, a partir daí o professor
pode identificar lacunas na aprendizagem e direcionar o estudante para tentar
superar as dificuldades.
Complementando a utilização do
mapeamento conceitual como instrumento avaliativo, Marriott e Torres (2015)
sugerem algumas atividades de preencher espaços usando mapas conceituais, tais
como:
1) O professor pode construir
o mapa conceitual e retira os conceitos mantendo as palavras de ligação e pede
que os alunos preencham os espaços de modo que façam sentido para eles.
2) O professor cria um mapa e
retira um terço dos conceitos. Os conceitos removidos são enumerados (A,B,C...)
e os espaços em branco também (1,2,3...) para facilitar a resposta e a
correção.
Contudo, se os estudantes forem incentivados a
construírem seus mapas, isso trará diversas vantagens para a aprendizagem, pois
permite que o aluno desenvolva a capacidade de pesquisar e selecionar os
conceitos essenciais sobre um determinado assunto e estabelecer corretamente as
relações existentes entre os mesmos fará com que a aprendizagem seja
significativa, pois, ele será o autor principal da construção do seu
conhecimento.
REFERÊNCIAS:
MOREIRA, Marco Ântônio.Aprendizagem significativa: A teoria e textos complementares. São Paulo: Livraria da Física, 2011.
REFERÊNCIAS:
MOREIRA, Marco Ântônio.Aprendizagem significativa: A teoria e textos complementares. São Paulo: Livraria da Física, 2011.
MARRIOT,
Rita de Cássia Veiga; TORRES, Patrícia Lupion. Mapas Conceituais uma ferramenta para a construção de uma cartografia
do conhecimento. Coleção Agrinho. Governo do Estado do Paraná. 2015.
Disponível em: <http://www.agrinho.com.br/materialdoprofessor/mapas-conceituais-uma-ferramenta-para-construcao-de-uma-cartografia-conhecimento>. Acesso em: 03 jun. 2015.
NOVAK, J.D.;
GOWIN, D. B. Aprender a aprender. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 1984.
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