Estudos referentes à
utilização de mapas conceituais no contexto educacional foram desenvolvidos por
Joseph Novak no ano de 1972. O estudo de Novak desenvolveu-se dentro de um
programa de pesquisa da Universidade de Cornell nos Estados Unidos, no qual
buscou-se acompanhar e entender as mudanças na maneira como as crianças
compreendiam a ciência (NOVAK E CAÑAS, 2010). No estudo, as crianças eram
entrevistadas e os pesquisadores tiveram dificuldades de identificar mudanças
no entendimento de conceitos, apenas com entrevistas transcritas.
Toda a pesquisa de Novak
fundamentou-se segundo a Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel
que foi realizada no ano de 1963, em New York, mas, é importante salientar que
Ausubel nunca falou em mapas conceituais, seus estudos eram sobre a
aprendizagem significativa, ou seja, quando há uma interação entre o novo
conhecimento adquirido e aquele conhecimento que já existia anterior ao novo.
Os conhecimentos já existentes servem de base para a nova informação que surge,
gerando modificações e novos significados.
Segundo Novak e Cañas (2010),
a ideia fundamental da psicologia de Ausubel é que a aprendizagem se dá por
meio da assimilação de novos conceitos e proposições dentro de conceitos
preexistentes e sistemas proposicionais já possuídos pelo aprendiz. Essa
estrutura de conhecimento também pode ser chamada de estrutura cognitiva do
indivíduo.
Retornando a pesquisa de
Novak, como estas não estavam obtendo êxito com as entrevistas transcritas,
buscou-se uma nova forma de representar como os conceitos eram compreendidos
pelas crianças e foi, a partir destes problemas e discussões de solução, que
surgiu a ideia de se trabalhar com mapas conceituais, que posteriormente
mostrou-se muito mais do que uma ferramenta para uso em pesquisas, mas, um
importante instrumento na construção de uma aprendizagem significativa.
A aprendizagem significativa e
os mapas conceituais fazem parte das pesquisas de autores como Marco Antônio
Moreira do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Moreira (2012 a) propôs a utilização de mapas conceituais como uma estratégia
potencialmente facilitadora de uma aprendizagem significativa, pois, para o
autor, são diagramas indicando relações
entre conceitos, ou entre palavras que utilizamos para representar conceitos.
Mapas conceituais são diagramas de significados, de relações significativas, de
hierarquias conceituais, se for o caso. Jamais podem ser confundidos com
organogramas ou diagramas de fluxo, pois não implicam sequência, temporalidade
ou direcionalidade, nem hierarquias organizacionais ou de poder.
Outros autores também reforçam
a importância da utilização de mapas conceituais na educação e indicam a
necessidade de que sejam realizadas e apresentadas mais pesquisas sobre o
assunto devido a sua grande relevância no contexto educacional. Para Costa
(2014) a construção dos conceitos utilizando mapas conceituais proporciona a
organização das ideias de forma que algo não percebido antes em termos de
conteúdo possa ser visto com clareza. Dessa forma, utilizar este recurso faz
com que o ensino atinja a sua principal função, o aprendizado. O autor diz
ainda que, se os mapas conceituais forem mais utilizados, poderão ser úteis
para desenvolver conceitos, levando em consideração os conhecimentos prévios
dos alunos.
REFERÊNCIAS:
REFERÊNCIAS:
COSTA,
Carlos Diesson Ferreira. Mapas
Conceituais no Ensino de Matemática: Uma aplicação para a aprendizagem
significativa. 2014. 45p. Monografia (Licenciatura em Matemática)- Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Ceará, Fortaleza, 2014.
Disponível em:
<http://pt.slideshare.net/CarlosDiessonFerreir/monografia-diesson-costa-mapas-conceituais-no-ensino-da-matemtica-uma-aprendizagem-significativa>. Acesso
em: 04 jun. 2015.
MOREIRA,
Marco Antonio. Aprendizagem
significativa. A teoria de David
Ausubel. São Paulo: Centauro, 2006.
_______. Aprendizagem significativa: A teoria e textos complementares. São
Paulo: Livraria da Física, 2011.
_______. Mapas Conceituais e Aprendizagem
Significativa. 2012a. Disponível
em: <http://www.if.ufrgs.br/~moreira/mapasport.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2015.
NOVAK, Joseph D.; CAÑAS,
Alberto J. A Teoria Subjacente aos Mapas
Conceituais e como elaborá-los e usá-los. 2010. Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/1298>. Acesso em:
20 maio 2015.
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